Painéis

Quem já teve a experiência de fazer um teste de DNA, pode ter ficado surpreso ao descobrir que tem uma ascendência italiana de que nem desconfiava, afinal nenhum dos bisavós conhecidos tinha um sobrenome que lembrasse uma origem naquela parte da Europa. Mais surpresa ficará a pessoa que baixar os dados brutos da plataforma da empresa na qual foi testada para subir para outra plataforma e descobrir que a tal ascendência italiana não é mais reconhecida. Teria sido falha da primeira plataforma ou da segunda? A resposta é complexa e tem relação com os painéis de referência usados por cada empresa em sua plataforma.

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Quinze

Tenho meus dados brutos no MyHeritage, empresa que, em minha opinião, oferece boas ferramentas para análise do DNA autossômico e onde encontro muitas correspondências de DNA ou primos genéticos em algum grau (matches) que me ajudam a esclarecer questões em minha árvore familiar. Há algum tempo, no entanto, comecei a observar o aumento de matches com origens na Espanha e no México que me causaram assombro. Porque não tenho antepassados nesses países, minha primeira suspeita foi de que seriam apenas correspondências por conta de uma ancestralidade ibérica compartilhada. Olhando com mais atenção, percebi que eram matches até relativamente próximos, na faixa de 17cM a 33cM, para os quais a plataforma do MyHeritage me dá um parentesco de 4º a 5º graus. Um mistério, sem dúvida, mas parece que tem explicação.

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Magrebe

Descendemos de humanos que deixaram o continente africano há cerca de 100 mil anos e se espalharam pelos continentes, portanto todos nós temos uma origem africana remota. Muitos de nós, no entanto, temos uma origem africana mais recente, que pode ser atestada pelo nosso fenótipo ou pela nossa árvore genealógica contemplando ao menos os últimos 200 anos. Outra forma de atestar essa ascendência africana recente é por meio de um teste de DNA autossômico desses que são vendidos por empresas como 23&Me, Ancestry, Genera, MundoDNA e MyHeritage. Quem já fez um teste desses pode ter encontrado nos resultados informações de ancestralidade global que o/a ligam a regiões como África Central, África do Norte ou Magrebe, África Ocidental ou África Oriental. A simples revelação de estar relacionado a uma dessas regiões não deve, no entanto, levar à conclusão de que existe na árvore familiar um antepassado africano escravizado, e é importante entender o porquê.

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